Brasões de Nobres Brasileiros (1)

Barão de Lorena

Barão de Lorena com Honra de Grandeza, título concedido a Estevão Ribeiro de Rezende (1808-1878), por Decreto Imperial em 1853, e Grandeza por Decreto de 1867. Era filho legitimado de Estevam Ribeiro de Rezende - Marquês de Valença. Foi Bacharel em Direito. Exerceu os cagos de júiz e de desembargador honrário. Foi chefe da Polícia em Minas Gerais e em São Paulo. Presidente da Província do Mato Grosso em 1848. Sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Coroa: Da dignidade de Barão, tendo sobre o elmo o coronel de Conde, pela Honra e Grandeza.

Condecorações: Comendas da Imperial Ordem da Rosa, Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, do Reino de Portugal.

Interpretação: Escudo de Armas ordenado no conceito de heráldica brasileira. Não sendo filho legítimo, mas legitimado, o Barão não poderia ter brasão igual ao de seu pai, o Marquês de Valença. Assim, foi ordenado uma variação das armas originais dos Ribeira. Mantido o campo azul, o leopardo de prata foi trocado por um leão de ouro com a espada e a balança personalizando o escudo pelas atividades do barão, mais o ramo de cafeeiro que indica também ser fazendeiro nesse ramo agrícola. Ou seja, o timbre é uma variante do timbre dos Ribeira, para diferença por nascimento.


Barão de Santa Justa



Barão de Santa Justa, título concedido por Decreto Imperial em 1867 a Jacintho Alves Barbosa (? - 1872), Proprietário e fazendeiro no município de Paraíba do Sul, Província Fluminense, assim como na Província de Minas Gerais. Sua mulher, a Baronesa de Santa Justa, após a morte do barão, demonstrou ser uma notável e enérgica figura feminina. Ficando dona das maiores lavouras de café em sua época, gostava de vestir trajes masculinos e percorrer a cavalo suas fazendas qual uma amazona "bárbara". O título nobiliárquico de Barão de Santa Justa foi concedido mais duas vezes, ao filho e neto do primeiro barão.
Interpretação: As cores ouro do campo e verde do leão representam a riqueza do solo trabalhado e a produção agrícola. O leão com o ramao do cafeeiro simboliza o fazendeiro e sua produção. A bordadura vermelha com besantes de prata significa trabalho árduo produzindo riqueza.

(Terceiro)
Barão de Goyanna


(Terceiro) Barão de Goyanna, título conferido por Decreto Imperial em 1870 a João Joaquim da Cunha Rego Barros, pernambucano (1796 - 1874). Grande fazendeiro, vereador municipal, oficial de milícias e comandante superior da Guarda Nacional.


Interpretação: Escudo de armas - partido em pala -de costados com diferença.

Barão de Castelo

Barão de Castelo, título conferido por Decreto Imperial em 1881, a Manuel Luiz e Ribeiro, de quem se sabe o mínimo a não ser que faleceu em 1990.

Coroa Da diginidade de barão

Interpretação: Este é um brasão de "armas-falantes", ou seja, a figura principal do escudo representa o nome do título nobiliárquico - castelo - tirado do nome de uma das fazendas

do barão. Os ramos de tabaco e cafeeiro mostra sua atividade agrícola.

Barão de Tymbohy



Barão de Tymbohy, título conferido por Decreto Imperial em 1874, por serviços prestados à linha telegráfica do Norte na Guerra do Paraguai, a Olinto Gomes dos Santos Paiva (? - 1883). Fazendeiro de café na Província do Espírito Santo e Coronel da Guarda Nacional.
Interpretação: O primeiro quartel mostra a atividade de fazendeiro de café e de cana-de-açúcar. O segundo quartel, pela espada, indica a posição de Coronel da Guarda Nacional. Os besantes representam recursos financeiros. O terceiro quartel traz as armas da família Paiva. O quarto quartel é simbólico, ordenado em relação ao fato que ferou a concessão do título, sendo a letra "N" significativa de "Norte", o filete horizontal a linha telegráfica. A letra "l" não tem significado conhecido, podendo ser uma estação terminal da linha. O escudete central também é desconhecido. Escudo de Armas criado nas características da heráldica brasileira.


Barão de Almeida Ramos



Barão de Almeida Ramos, título conferido por Decreto Imperial em 1882, a Joaquim de Almeida Ramos (1834 - 1885). grande fazendeiro de café nas regiões de Valença e Vassouras, na Província do Rio de Janeiro. Casado (1865) com Dona Francisca Peregrina das Chagas Werneck, filha do Barão de Ipiabas, também grande latifundiário.

Interpretação: A banda diagonal azul com três besantes de pra representa fortuna conseguida com trabalho honesto. o caduceu e os ramos de cafeeiro formam o símbolodo comércio de café. O leão vermelho é a figura do brasão dos Ramos (século XVII), bem como o timbre, mantendo neste brasão, a lembrança ancestral.


Barão de Bemposta


Barão de Bemposta, título conferido por Decreto Imperial em 1867 a Ignácio Barbosa dos Santos Werneck (1828 - 1867). Foi proprietário e fazendeiro de café em São José do Rio Preto e em Pedro do Rio, na província fluminense.
Coroa Da dignidade de Barão e Timbre - um cafeeiro de verde frutado de vermelho.
Interpretação: Este escudo de armas tem como tema central o cafeeiro, representando a atividade do barão. As duas estrelas no alto (em "chefe") indicam as duas maiores fazendas de suas propriedades. A bordadura de azul com besantes de ouro simboliza a riqueza adquirida com honestidade.

Barão de Villa Flor


Barão de Villa Flor, título conferido por Decreto Imperial em 1871, por "avultado donativo para a construção de escolas primárias", a João Manuel de Souza (1819 - 1900). Fazendeiro de café e cana-de-açúcar em São Fidelis, Província do Rio de Janeiro.
Condecoração: Cavaleiro Imperial da Ordem da Rosa
Interpretação: Os quartéis I e IV mostram a ocupação como fazendeiro de café e cana-de-açúcar. Os quartéis II e III são simbólicos e relativos ao motivo da concessão do título - donativo para construção de escolas. A saber: asna = consrução; estrelas = escolas; e besantes = dinheiro (no caso donativo).





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